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Firmando os valores da alegria de ser família - Parte IV



Tolerância


introdução

1. Creio que se melhorarmos a capacidade de nos relacionar, teremos menos brigas, menos stress e, conseqüentemente, menos processos e pessoas doentes em nosso lar, em nossa IBCF, em nossa sociedade.

3. Ao pensar sobre isto, eu e você devemos responder a seguinte questão: o que posso fazer pelo outro para que a vida de todos seja suportável? A nossa resposta ser evidenciada qdo estamos firmando os valores da alegria de ser família.

IV ? PROMESSA PARA A TOLERÂNCIA

1. O fato

(a). Eles estavam numa festa, discutiram. Entraram no carro, gritaram. Pararam, ela pegou a chave e jogou pela janela. Que briga de namorados já não passou por esses estágios? A diferença no caso infeliz do rapper americano CHRIS BROWN, é que ele não teve tolerância para impedir que a raiva se transformasse em agressão - e machucou brutalmente o rosto da cantora Rihanna. E ainda disse no dia seguinte que todo mundo iria saber quem "era ela de verdade". A partir daí, os profissionais de imagem assumiram e ele pediu desculpas duas vezes, sem muita convicção. Foi condenado a cinco anos em regime de liberdade vigiada e 180 dias de trabalho comunitário.

(b). Quando MARTA SUPLICY era ministra do Turismo e disparou o infame "relaxa e goza" para os infelizes vitimados pelas longas esperas nos aeroportos, agiu com imperativos próprios, sem nenhuma tolerância. Resultado: passou uma imagem de arrogância pela classe a que pertence, prepotência pelo posto que ocupava. Mas, para uma pessoa com seu histórico, foi uma terrível atitude pela comparação.

2. A análise

(a). Na hora da raiva, das bravas, qual é o primeiro xingamento que lhe vem à cabeça? Em geral, nesses momentos o ser humano não é criativo e invoca diferenças de comportamento sexual, de origem familiar ou de grupo étnico. Esquecendo-se que os valores da alegria de ser família, a TOLERÂNCIA é a que mais exige autoaprendizagem para a aceitação das diferenças.

(b). Tolerância tem a ver com comportamentos diferentes daqueles que valorizamos e pelos quais temos repugnância. Exercê-la é importante não só para a convivência social como para a sanidade mental.

(c). Viver em sociedade implica abrir mão de certas selvagerias para obter a proteção social que vem da vida em conjunto. Nesse contexto, a má-educação, a ganância desmedida, a negligência ao outro, são todos fatores de desagregação social.

(d). Na política, alguém que fala o que quer e, principalmente, com um nível de agressividade alto está querendo dizer que é dono da verdade absoluta. Na esfera privada, quem fala o que quer e não se preocupa com o que o outro pensa e sente, além de ser profundamente incivilizado, não permite que uma divergência seja resolvida. O diálogo é cortado antes que produza frutos.

(e). O ato de grosseria está relacionado com o estado mental do agressor, não com o do agredido. A pessoa que não controla a agressividade no fundo tem ego fraco. A única maneira de uma pessoa de pavio curto adquirir tolerância é ela tomar a decisão, de maneira íntima e compromissada, de não agir com violência diante de uma situação de stress.

(f). Saibam que o stress, a raiva e a intolerância de outras pessoas não precisam tornar-se o nosso stress, a nossa raiva e a nossa intolerância.

aplicação

1. (Pv.16:32 ? Gl.5:22) ? nenhuma família, por mais que nela exista amor, está livre de discórdias, tensões e conflitos. Nenhuma igreja, por mais espiritual que seja, está isenta de desentendimentos e desacordos. É mais fácil haver desentendimento entre pessoas que estão próximas do que entre as afastadas.

2. Em algumas situações, nos comportamos de maneira mais exemplar e elogiável possível. Mas em outras ocasiões nos conduzimos de modo pior que os animais ou como um vulcão em erupção, soltando veneno e violentas injúrias.

3. O sábio Salomão está afirmando que a pessoa que tem domínio próprio tem controle sob o seu espírito e seu temperamento. Ela não reage precipitadamente, em função de sentimentos egoístas, mas procura agir sempre com responsabilidade.

4. Nosso nível de tolerância é diretamente proporcional ao grau de aceitação que temos de nós mesmos. Em outras palavras, se não nos valorizamos, não puxamos as rédeas das ações e atitudes que podem causar-nos mal.

5. É possível obtermos a tolerância de que necessitamos para ter relacionamentos bem sucedidos, desde que estejamos fazendo uma promessa para Deus, nós mesmos e para os outros de que estaremos desenvolvendo tal prática em nosso viver diário.

6. A maturidade de uma pessoa evidencia-se precisamente na sua aptidão em superar divergências de maneira lúcida e construtiva. O ap. Paulo cita em (Gl.5:19,20), que há certas ocasiões que, antes de perceber o que estamos fazendo, perdemos o controle, e passamos a ser vítimas do nosso descontrole.

7. Os resultados são: prostituição, impureza, lascívia(que nos sobrevêm qdo perdemos o controle sobre a paixão e nos deixamos levar por ela), idolatria e feitiçarias(qdo desesperamos diante das circunstâncias e buscamos bênçãos de todo tipo), inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções e invejas(que nos dominam qdo damos lugar aos desejos de superação do outro), bebedices e glutonarias(qdo nos deixamos escravizar pelo desejo de nosso ventre).

8. Sem dúvida o maior desafio da vida cristã é a conversão da velha vida da carne para a nova vida no Espírito. Conversão significa transformar, mudar de um uso para o outro. Não basta apenas entregar a nossa mente e nosso coração a Jesus, temos que dar a Ele o controle de nosso temperamento.

9. Dessa forma, o ap. Paulo cita que o fruto de Deus-Esp.Sto é o autocontrole, o domínio próprio, a tolerância. Esta é uma prática bastante problemática para a nossa geração, acostumada à idéia de que a felicidade no lar decorre por desprezar a disciplina e a tolerância.

10. Prevalece a idéia que tolerância e alegria são incompatíveis. Todavia, tolerância é deixar-se conduzir por Deus-Esp.Sto, é o esforço de quem vive e anda Nele. Significa que todo o nosso ?eu?, nosso ser, nosso corpo, alma e espírito, encontram-se sob o domínio de Jesus.

11. Significa que somos uma pessoa inteiramente dirigida pelo Senhor. Toda a nossa vida, cada aspecto dela, espiritual, emocional, físico acha-se sujeito à soberania de Deus-Esp.Sto. Ser quisermos ver como opera esse princípio do controle divino, não devemos olhar para outros seres humanos, e, sim, para o exemplo de Jesus.

12. Jesus veio à terra para fazer a vontade, para falar as palavras, realizar as obras de Deus-Pai. E justamente por causa desse controle interior, Ele sempre se achava no controle de todas as situações que enfrentou, porque era controlado por Deus-Esp.Santo.

13. Dentre todos os hábitos que adquirimos, penso que o de reagir deva ser o mais poderoso. Para mim, há um universo de diferenças entre reação e resposta. Qdo reagimos, não pensamos, estamos envolvidos numa ação reflexa geralmente instintiva, que é, basicamente, uma reencenação do nosso egoístico interesse próprio.

14. Ela sempre vem do nosso eu carnal. Freqüentemente, a nossa reação põe em movimento uma reação em cadeia entre outras pessoas ao nosso redor. Resposta é o oposto da reação. Para responder, devemos estar conscientemente envolvidos no momento. Em geral, reagimos qdo somos ameaçados, e, respondemos qdo não há nenhuma pressão sobre nós.

15. A responsabilidade que temos como cristãos cheios do fruto de Deus-Esp.Sto, é a capacitação dada por Ele para sermos tolerantes, o responder ao invés de reagir. A resposta também surge no momento, mas controlada por Jesus.

16. Responder(tolerar) é escolher. Estamos no controle divino e respondemos, ou estamos fora de controle e reagimos. É o nosso amor ao Senhor, que tolera, que responde, é o nosso medo que reage. A reação baseada no medo nos leva a nos tornarmos vítimas, ou a procurar uma vítima.

17. Assim sendo, a resposta é geralmente positiva, a reação é negativa. Tolerar, responder, é simples e imensamente poderoso, porque não estamos vivendo sob a tirania de nosso temperamento, e, sim, vivendo pela fé no poder de Deus-Esp.Sto que nos controla.

18. O Senhor nos lembra de que devemos ser tolerantes e confiar Nele qdo nos virmos agitados por causa de uma irritação. Todavia, precisamos reconhecer o benefício positivo que o Senhor pretende gerar em nossa vida por meio dela.

19. Isto é, o Senhor tem um motivo para colocar pessoas irritantes em nosso caminho, como também tem um motivo para nos colocar no caminho delas. O Senhor deseja revelar àquelas pessoas um pouco do amor, da paciência e da misericórdia Dele através de mim e de você.

20. Eu e você podemos ser a única face de Jesus que elas venham a conhecer. Dessa forma, o Senhor deseja surpreendê-las com o amor Dele de uma maneira que só eu e você podemos fazer.

conclusão

1. A virtude de ser tolerante, ter domínio próprio, é ardentemente desejada por todos nós, contudo poucos de nós temos de fato conquistado, porque não queremos dizer não para nós mesmos, e porque não temos nenhum objetivo para exercê-la.

2. Entretanto, a tolerância, a que estamos nos referindo, não se trata de um autocontrole que nos faz doentes, aquele que é falso, aquele que é apenas de aparência, mas trata-se de uma virtude resultante de uma vida cristã vivida em Deus-Esp.Sto. Na verdade, a vida cristã só é possível Nele. Fora Dele, a nossa vida é como a de qualquer outra pessoa.

3. Portanto, da próxima vez que eu e você estivermos enfrentando uma situação de irritação, devemos parar por um instante e fazer as seguintes perguntas: o que o Senhor está tentando me ensinar? O que o Senhor está tentando construir em meu caráter?

4. Faça uma pequena reflexão neste momento: algum dia você já disse a Jesus: Eu Lhe dou todo o controle do meu temperamento. Domina este tumulto interior que há em mim. Dá-me poder para negar o meu eu. Dá-me um lar cristão.

5. Se você ainda não disse, talvez não haja melhor momento do que este. Por que não declarar a Jesus a sua promessa? Saiba que Ele o ouvirá e o atenderá! Amém!


Por: Pr. Roberto Brito
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